segunda-feira, 29 de março de 2010

EMENTA/PROGRAMA DISCIPLINA 1o SEM/2010

PLANO DE ENSINO DE DISCIPLINA

IDENTIFICAÇÃO
UNIDADE ACADÊMICA: INSTITUTO DE ARTES E DESIGN
DEPARTAMENTO: ARTES E DESIGN
DISCIPLINA: Cinema e Diálogos
CÓDIGO:
CARÁTER: ( ) Obrigatório ( x ) Eletivo
CRÉDITOS: 4
CURSO: Bacharelado Interdisciplinar em Artes e Design
NÚMERO DE ALUNOS:
PROFESSOR(A) RESPONSÁVEL: Alfredo Suppia

EMENTA
Desde o século XX o cinema vem desempenhando papel crucial no campo da cultura. Enquanto arte e técnica com pouco mais de cem anos de existência, o cinema apresenta uma história complexa, ao longo da qual veio se relacionando com diversos outros campos do saber (Filosofia, História, Física, etc.), ao mesmo tempo em que também se consolidava como grande fenômeno da indústria cultural, da cultura audiovisual e da sociedade do espetáculo. Campo de embate entre as idéias de arte erudita e popular, por vezes o cinema propiciou uma conciliação produtiva entre ambas. Haja vista a relevância da cultura cinematográfica ainda hoje, em tempos digitais, este curso oferece ao aluno a oportunidade de ser introduzido à cinefilia de maneira descontraída, travando contato direto com filmes selecionados em função de sua importância histórica, estética ou nacional, em sintonia com suas possíveis e eventuais associações extrafílmicas.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA
OBJETIVO GERAL: estimular o debate sobre as diversas zonas de contato entre o cinema, outras artes e campos do conhecimento, incluindo a agenda recente e contemporânea

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Fomentar a associação do conteúdo discutido ao contexto das Artes e do Design em linhas gerais e/ou específicas, situando o conhecimento sobre cinema/audiovisual no campo mais amplo da cultura, dos processos criativos, da história oficial, do cotidiano vivido e da história pessoal.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AULAS TEÓRICAS 60h

1. apresentação/introdução.
Palestra Prof. Dr. Carlos Reyna: “Cinema e Antropologia”


2. cinema e fotografia
La Jetée (Chris Marker, 1962)
Blow-up (Michelangelo Antonioni, 1966)
Blade Runner (Ridley Scott, 1982)
Leitura / internet:
André Bazin, “A Ontologia da Imagem Fotográfica”. In: Cinema: Ensaios. São Paulo, Brasiliense, 1991
FLUSSER, Vilém. Ensaio sobre a Fotografia. Lisboa: Relógio D’Água, 1999.

3. cinema e pintura
O Gabinete do Dr. Caligari (Robert Wiene, 1919)
Um Cão Andaluz (Luis Buñuel e Salvador Dali, 1929)
Blade Runner (Ridley Scott, 1982)
Quando Fala o Coração (Alfred Hitchcock, 1945)
Leitura / internet:
AUMONT, Jacques. O Olho Interminável. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
MANOVICH, Lev. “WHAT IS DIGITAL CINEMA?”, disponível em http://www.manovich.net/TEXT/digital-cinema.html

4. cinema e arquitetura
Metropolis (Fritz Lang, 1927)
Things to Come (William Cameron Menzies, 1936)
Blade Runner (Ridley Scott, 1982)
ORGANIZAÇÃO DE GRUPOS, PREPARAÇÃO DOS SEMINÁRIOS
Leitura / internet:
NEUMANN, Dietrich. Film Architecture: Set Designs from Metropolis to Blade Runner. Munich: Prestel, 1999.

5. cinema e literatura
O Fim (Elie Politi, 1972)
A Morte em Veneza (Luchino Visconti, 1971)
Blade Runner (Ridley Scott, 1982)
Minority Report (Steven Spielberg, 2002)
O Pagamento (John Woo, 2003)
Policarpo Quaresma (Paulo Thiago, 1998)
Cidade de Deus (Kátia Lund e Fernando Meirelles, 2002)
São Bernardo (Leon Hirszman, 1971)
Vidas Secas (Nelson Pereira dos Santos, 1963)
Leitura / internet:

6. cinema e teatro
Macbeth (Orson Welles, 1948)
Hamlet (Lawrence Olivier, 1948)
Henrique V (Lawrence Olivier, 1944)
Romeu e Julieta (Baz Luhrmann, 1996)
Leitura:
AUMONT, Jacques. O cinema e a encenação. Lisboa, Editora Texto & Gráfica, 2008.
XAVIER, Ismail (org.). O Cinema no Século. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

7. cinema e ciência
Gattaca (Andrew Niccol, 1997)
Meninos do Brasil (Franklin J. Schaffner, 1978)
Código 46 (Michael Winterbottom, 2003)
A Ilha (Michael Bay, 2005)
Leitura / internet:
Documentary Tube: http://www.documentarytube.com/category/science-documentaries/

8. cinema e história
Guerra de Canudos (Sérgio Rezende, 1997)
Lamarca (Sérgio Rezende, 1994)
Caparaó (Flávio Frederico, 2006)
Leitura / internet:
FERRO, Marc. Cinema e História. São Paulo: Paz e Terra, 1992.

9. cinema e ... [GRUPO 1]

10. cinema e... [GRUPO 2]

11. cinema e ... [GRUPO 3]

12. cinema e ... [GRUPO 4]

13. cinema e ... [GRUPO 5]

14. cinema e ... [ GRUPO 6]

15. balanço final

AULAS PRÁTICAS 0h

METODOLOGIA DE ENSINO
Aulas teóricas intermediadas pela exibição de trechos de filmes; exibição de filmes na íntegra ou de trechos dos mesmos, seguida de análise e debate.

ATIVIDADES DISCENTES
Elaboração e apresentação de seminários relacionais [cinema e...] em horário de aula.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
OS ALUNOS DEVERÃO PRODUZIR DURANTE O DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA: seminários relacionais [cinema e...]
SERÃO CONSIDERADOS COMO CRITÉRIOS DE DESEMPENHO: aplicação e compreensão da bibliografia recomendada, aplicação e compreensão de bibliografia complementar fruto de pesquisa do aluno, performance na apresentação dos seminários e participação nos debates em aula.

BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
ALTMAN, Rick. Film/Genre. London: BFI, 1999.
ANDREW, J. Dudley. As principais teorias do cinema – uma introdução. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 1989.
BARTHES, Roland. Image-Music-Text. New York: Hill and Wang, 1978.
BAZIN, André. O cinema. São Paulo, Brasiliense, 1991.
BENJAMIN, Andrew E. “At Home with Replicants”. Architectural Design, nº 64, p. 22-25, London: 1994. BERNARDET, Jean-Claude. O que é o cinema. São Paulo: Brasiliense, 2000.
----------------------------------. O autor no cinema. São Paulo: Brasiliense/USP, 1994.
BÜRCH, Noel. Práxis do cinema. São Paulo: Perspectiva, 1992.
COELHO, Teixeira. “O autor, ainda”. Revista Imagens nº 3. Campinas: Ed. da Unicamp, dez/1994, pp. 69-73.
ECO, Umberto. Sobre os espelhos e outros ensaios. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.
GEADA, Eduardo. Cinema e transfiguração. Lisboa: Horizonte de cinema, 1978.
GRANT, Barry Keith. Film genre reader II. Austin: University of Texas Press, 1995.
FERRO, Marc. Cinema e História. São Paulo: Paz e Terra, 1992.
FLUSSER, Vilém. Ensaio sobre a Fotografia. Lisboa: Relógio D’Água, 1999.
NEUMANN, Dietrich. Film Architecture: Set Designs from Metropolis to Blade Runner. Munich: Prestel, 1999.
MANOVICH, Lev. “WHAT IS DIGITAL CINEMA?”, disponível em http://www.manovich.net/TEXT/digital-cinema.html
STAM, Robert. Introdução à teoria do cinema. Campinas, Papirus, 2003.
SUPPIA, Alfredo Luiz Paes de Oliveira. A Metrópole Replicante: De Metropolis a Blade Runner. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Multimeios, Inst. de Artes. Campinas: Unicamp, 2002.
TUDOR, Andrew. Teorias do cinema. Lisboa: Edições 70, [s.d.].
WOLLEN, Peter. Signos e significação no cinema. Lisboa, Horizonte, 1979.
XAVIER, Ismail. (org.). A experiência do cinema. RJ, Paz e Terra, 2003.
-------------------- (org.). O Cinema no Século. Rio de Janeiro: Imago, 1996.



COMPLEMENTAR
AUGUSTO, Sérgio. “Duas formas diversas de se ver o ‘führer’”. Folha de S. Paulo, 5.7.1984.
BARTHES, Roland. A Câmara Clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
BAUDELAIRE, Charles. Sobre a Mondernidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e Simulação. Lisboa: Relógio D’água, 1981.
BAUMAN, Zygmut. O Mal-Estar da Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1997.
BEHR, Shulamith. Expressionismo. São Paulo: Cosac & Naify, 2000.
BELLOUR, Raymond. Entre-imagens. Campinas: Papirus, 1997.
BRUNO, Giuliana. “Ramble City – Postmodernism and Blade Runner”. October, nº 41, p. 61-74, 1987.
CARDINAL, Roger. O Expressionismo. Rio de Janeiro: JZE, 1988.
CAVALCANTI, Mariana. “Metropolis / Matrix – Da luta de classes ao videogame”, in Cinemais, nº 23, p. 135-146, maio/junho 2000.
CECHELERO, Vicente. “O Médico e o Monstro: um estranho caso”. In: STEVENSON, R.L. O Médico e o Monstro. São Paulo: Martins Claret, 2000, p. 11-13.
CHALHUB, Samira. A Metalinguagem. São Paulo: Ática, 2001.
CLARKE, David B. (ed.). The Cinematic City. London: Routledge, 1997.
COELHO, Teixeira. Moderno Pós-Moderno. Porto Alegre: L&PM, 1986.
DEUTEULBAUM, Marshall. “Memory/Visual Design: The Remembered Sights of Blade Runner”, p. 66-72, s.n.t. (Academic Search Premier).
DICK, Philip K. O Caçador de Andróides. Tradução: Ruy Jungman. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983.
-------------------. Minority Report: A Nova Lei. Rio de Janeiro, Record, 2002.
EISNER, Lotte H. A Tela Demoníaca - As Influências de Max Reinhardt e do Expressionismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
ELSAESSER, Thomas. Metropolis. London: BFI, 2000.
BUCKATMAN, Scott. Blade Runner. London: BFI, 1997.
FIKER, Raul. Ficção Científica – Ficção, Ciência ou uma Épica da Época? São Paulo: L&PM, 1985.
FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
FREUD, Sigmund. O Mal-Estar na Civilização. Rio de Janeiro: Imago, 1997.
GEADA, Eduardo. Cinema e Transfiguração. Lisboa: Horizonte, 1978.
GOSSMAN, Jean-Paul. “Blade Runner – A Postmodernist View”. Blade Runner Insight, www.br-insight.com, 25 de maio de 2001, 4p.
JAMESON, Fredric. Pós-Modernismo: A lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo: Ática, 2000.
KAPLAN, E. Ann (org.). O mal-estar no Pós-modernismo. Rio de Janeiro: JZE, 1993.
KOCH, Wilfried. Dicionário dos Estilos Arquitetônicos. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
KRACAUER, Sigfried. De Caligari a Hitler: Uma história psicológica do cinema alemão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1988.
KUHN, Annette (ed.). Alien Zone: Cultural Theory and Contemporary Science Fiction Cinema. London/New York: Verso Books, 1990.
---------------------------. Alien Zone II: The Spaces of Science Fiction Cinema.
London/New York: Verso Books, 2000.
LEVY, Pierre. O que é o Virtual? São Paulo: Ed. 34, 1996.
------------------. As Tecnologias da Inteligência. São Paulo: Ed. 34, 1999.
LYOTARD, Jean-François. A Condição Pós-Moderna. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.
------------------------------------. O Pós-Moderno Explicado às Crianças. Lisboa: Dom Quixote, 1993.
MACHADO, Arlindo. “As Imagens Técnicas: da fotografia à síntese numérica”. Imagens, nº 3, dez 1994, p. 8-14.
MACLUHAN, Marshall. Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem. São Paulo: Cultrix, 1969.
MARDER, Elissa. “Blade Runner‘s Moving Still”. Camera Obscura, nº 27, p. 88-107, set 1991.
NEUMANN, Dietrich. Film Architecture: Set Designs from Metropolis to Blade Runner. Munich: Prestel, 1999.
OLALQUIAGA, Celeste. Megalópolis - Sensibilidades culturais contemporâneas. São Paulo: Nobel, 1992.
PARENTE, André (org.) Imagem-Máquina. Rio de Janeiro, Ed. 34, 1993.
------------------------. “A Imagem Virtual, Auto-Referente”, in Imagens, nº 3, dez 1994, p.15-19.
RAMOS, Fernão Pessoa. “Falácias e Deslumbre face à Imagem Digital”. Imagens, nº 3, p. 28-33, dez 1994.
SANTAELLA, Lúcia. “Imagem Pré-Fotográfica-Pós”. Imagens, nº 3, p. 34-40, dez 1994.
SANTOS, Jair Ferreira dos. O Que É Pós-Moderno? São Paulo: Brasiliense, 1998.
SANTOS, Laymert Garcia dos. “O Homem e a Máquina”. Imagens, nº 3, p. 45-49, dez 1994.
STEVENSON, R.L. O Médico e o Monstro. São Paulo: Martin Claret, 2000.
SUBIRATIS, Eduardo. Vanguarda, Mídia, Metrópoles. São Paulo: Studio Nobel, 1993.
-----------------------------. Da Vanguarda ao Pós-moderno. São Paulo: Nobel, 1986.
TAVARES, Bráulio. O Que É Ficção Científica?. São Paulo: Brasiliense, 1992.
TURNER, Graeme. Cinema como Prática Social. São Paulo: Summus, 1997.
VANOYE, Francis e GOLIOT-LÉTÉ, Anne. Ensaio sobre Análise Fílmica. Campinas: Papirus, 1994.

NOTA:
1.Esperamos que este roteiro facilite o processo de elaboração do Plano de Ensino de Disciplina, bem como propicie maior eficiência na sua aplicação;
2.As dimensões dos campos poderão ser alteradas de acordo com a quantidade de informações necessárias;
3.Dúvidas e sugestões favor contatar a Chefia do Departamento IAD – tel.: 3229-3350, e.mail afonso.rodrigues@ufjf.edu.br ou a Coordenação do Bacharelado em Artes e Design cristofa@terra.com.br ou a Diretora do I.A.D edna.rezende@ufjf.edu.b
4.Os Planos de Ensino de todas as disciplinas oferecidas pelo Departamento de Artes e Design no primeiro semestre de 2009 estarão disponíveis no site do IAD no dia 16 de março de 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário